"Finn conseguiu fugir de
Incarceron, a terrível prisão viva e o único lar de que tem memória,
mas a liberdade está longe de ser o que imaginava.
Cláudia
acredita que, se Finn reclamar o direito ao trono do Reino, será capaz
de libertar Keiro da temível prisão; mas o Exterior não é o paraíso
idílico com que Finn sonhava e o jovem vê-se subitamente prisioneiro de
um obscuro jogo de intrigas e mentiras, que adia os seus planos.
Entretanto,
na obscuridade de Incarceron, os prisioneiros falam de um homem
lendário - Sapphique, o único que conhece os segredos e o único capaz de
destruir a prisão. São inúmeras as histórias sobre as suas façanhas,
mas haverá alguma verdade nelas? Será que ele existe mesmo?
Dentro e fora, todos aspiram à liberdade... como Sapphique." (in Goodreads)
Opinião:
" - E por isso vou reparar as minhas asas e voar até às estrelas. Estás a vê-las?
(...) Jared abafou uma exclamação de espanto, porque elas lá estavam, a
toda a sua volta, as galáxias e as nebulosas, os milhares de
constelações... - Ouves a canção delas? murmurou Sapphique. Mas só o silêncio da Floresta lhes chegava, e Sapphique suspirou." p. 237
Este é livro que segue a Incarceron. Não é sequer uma trilogia. Termina
em A Lenda de Sapphique. Oh, como gostava que houvesse mais ou então e
melhor ainda! Que houvesse uma prequela, uma prequela sobre Sapphique,
só sobre ele... a explicar tudo sobre ele, pois é deveras uma personagem
interessantissima e muito misteriosa.
Gostei imenso da história.
Mais complexa que Incarceron, mas sempre fluente e misteriosa.
Catherine Fisher conseguiu fazer uma história muito boa, com boas
personagens, onde a ilusão reina em todo o lado.
E se o Reino não
fosse verdadeiro? E se tudo aquilo que se vive no Exterior não passasse
de uma ilusão criada pela necessidade de ignorar a realidade? E se tudo
fosse mentira? O que seria melhor? O Interior de Incarceron ou o
Exterior, o Reino? Pois bem, este livro explora isto mesmo, explora a
dualidade das realidades, pondo à prova todas as personagens, todas as
suas atitudes e comportamento e até sentimentos. Seria Jared capaz de
trair Claudia? Seria Finn um mero Prisioneiro? Seria tudo uma farsa? E
se houvesse uma forma de sair de Incarceron? E se a Prisão quisesse
Fugir dela mesma? Seria isso possível? Será que a loucura e a maldade
dela não são meros sentimentos criados pelos Homens? Será que a criação
da Prisão falhou? Será que a Prisão não é tão cruel como se pensa? O que
a fez assim? O que é que ela tanto procura?
Os prisioneiros
deparam-se com Alas a fechar, destruição, o frio Inverno da Lenda de
Sapphique. O que estará ela a fazer para esquecer todos os seus filhos?
Será que tem um projeto maior do que eles? E quem a poderá ajudar? Será
possível fazer algo sem destruir tudo e todos?
Numa viagem pelo
Interior e pelo Exterior, A Lenda de Sapphique é contada em várias
perspetivas, tendo como base Claudia (Exterior) e Attia (Interior). Mas
ao longo do livro isso vai sendo alterado e começamos a ter "POV's" de
Jared e Finn também. Esta é uma viagem pela Fuga a todas as cadeias que
prendem a Liberdade.
Num mundo de magia e metal, onde nem tudo é o
que parece, a Lenda de Sapphique começa a ser uma realidade e todos
chamam por ele, será possível? Será que Sapphique é mesmo real? Será que
ainda habita o Exterior? Onde estará e quem será ele?
E no meio de
tudo isto há a Luva de Sapphique, que todos procuram para usar à sua
maneira. Diz a lenda que quem a calçar fica a conhecer todos os segredos
de Incarceron. Fica a saber onde é a saída?
"Qual é a chave que abre o coração?"
Foi
esta a pergunta que Sapphique fez no jogo de charadas e é esta a
pergunta principal de toda a história. Todos procuram a resposta, mas só
uma personagem conhece a resposta. E só essa pessoa pode ajudar todos
os outros, inclusive a Prisão.
Esta história tem muitas questões
para reflexão. A fuga à realidade, a estagnação no tempo, a procura
pela perfeição, a procura pela liberdade, pela sabedoria e pelo poder,
bem como a ilusão que existe à volta de todos, são todos aspetos que
levam à reflexão. No livro, é nos dito que os Anos da Raiva levaram ao
esgotamento energético, à matança e à guerra. Quando terminaram, foi
instaurado o Protocolo, e tudo passou a ser vivido como se se estivesse
no século XVIII. As faltas de energia que levaram à destruição e à
finitude da ilusão são um aspeto interessante, ainda mais porque é algo
que a Humanidade devia temer. Não estamos nós a destruir as energias que
existem? Ou pelo menos grande parte delas, usando-as muitas vezes
indevidamente? Acho que a autora fez uma exploração muito interessante
deste tema, tornando-o um dos apsetos centrais. Também a Fuga e a
Liberdade são aspetos principais do livro. Pode parecer uma história
simples ou até confusa, mas tem muito para reflexão.
Se ficaram curiosos, digam e leiam o livro! Se ainda não leram Incarceron, força! Este é ainda melhor =D
" - Confio em ti, Jared. -murmurou. - Sempre confiei. Amo-te, Mestre." p. 329
Um enredo complexo, que me prenda e que me faça querer saber mais e mais sobre a história;
Personagens interessantes, que não sejam perfeitas, que não sejam imbirrantes, que não sejam ou preto ou branco;
Um romance bonito, que não seja lamechas, que tenha momentos especiais, fortes, emocionantes e emocionais, que me façam apaixonar.
Três coisas que menos gosto num livro são:
A lamechice em demasia;
A falta de ação: há que haver ação!;
A incoerência no enredo.
Fui ao cinema por estes dias. Fui ver Oz, o Grande e Poderoso, de Sam Raimi. Um dos filmes que queria mesmo ver e que em nada me decepcionou! Fantástico!
Vi em 2D e acredito que tenha sido igual, pois pelo que vi, o 3D possível apenas iria acentuar alguns pormenores.
O filme conta a história do Mágico Oscar Diggs, chamado de Oz no mundo artístico. Oz é um ambicioso mágico cujos truques até surpreendem. No entanto, o seu ar engatatão e um pouco charlatão, faz com que depressa arranje sarilhos na companhia em que está, vendo-se obrigado a fugir num balão de ar quente. O que Oz não estava à espera era que um enorme tornado aparecesse e devastasse aquela área do Kansas, levando consigo o balão de ar quente e Oz.
Depois de grandes atribulações, Oz vê-se num misterioso local. Fica a saber que está em Oz através de Theodora, uma bruxa que estava à sua espera junto ao rio. Theodora diz-lhe que há anos que todos o esperam, pois ele é o Feiticeiro prometido, que os havia de salvar das garras da Bruxa Malvada. É assim que Oscar, Oz, se vê na Terra de Oz, disposto a se tornar no Feiticeiro que iria governar a Cidade Esmeralda e toda a Oz. O que ele não estava à espera era de ter de confrontar a Bruxa Malvada, cara a cara. Oz vai precisar de toda a sua coragem (que não é lá muita) e de toda a sua força (que também não é muita) e de toda a sua esperteza.
Numa verdadeira luta do Bem contra o Mal, onde nem tudo é claro, Oz vê-se envolvido numa trama que nem a sua mais mirabolante ideia podia imaginar. Para esta jornada pode contar com a Bruxa Bondosa, Glinda, e com os habitantes da Cidade de Glinda, e ainda com Finley, o macaco voador, e a Rapariga de Porcelana. Muitos sarilhos, muitos perigos, muita amizade e humor esperam quem for ver este bom filme que a Disney nos apresenta.
Ora, eu gostei muito do filme. Gostei muito da interpretação de James Franco e das atrizes também. As personagens estão muito interessantes e não são básicas, antes pelo contrário, são bastante complexas, o que é bom. A banda sonora, de Danny Elfman, está mágica e faz com que o filme seja ainda melhor! O genérico está muito bom, fascinando-me logo.
O filme começa a preto e branco, passando para cores quando Oscar chega a OZ. Este aspeto faz um contraste perfeito e muito bem conseguido, pois demarca um ponto do filme do outro.
É muito interessante observar alguns pontos do filme. A meu ver, a ida do Feiticeiro para Oz é realidade, mas é uma realidade que lhe dá uma hipótese: a de se tornar em alguém melhor. É em Oz que Oscar vai ter de ser alguém melhor, mais bondoso, mais sincero, verdadeiro e corajoso. Vai ter de escolher. Há uma parte em que, no espectáculo na feira, uma rapariga de cadeira de rodas, espantada pela magia, pede-lhe para a fazer andar. Oscar, não tendo poderes para tal, desculpa-se e foge, acossado pelos espectadores e pelo olhar desiludido da rapariga que nele tinha acreditado. Em Oz, Oscar/Oz tem a oportunidade de reparar essa desilusão que provocara na rapariga. É ele que encontra a Rapariga de Porcelana, com as pernas partidas e sozinha. Oz concerta-lhe as pernas de porcelana e a Rapariga volta a andar. Existem outras partes em que é possível encontrar paralelos deste género, entre as ações de Oscar no Kansas e em Oz, sendo que estas ações são como que oportunidades para ele melhorar. Achei este aspeto muito interessante, uma vez que desenvolve uma noção de que é importante melhorar, ser verdadeiro e ajudar. E que também há que ter/dar novas oportunidades para que se melhor.
Em relação ao "O Feiticeiro de Oz", este filme é como que uma prequela. Nele é contado como Oz se tornou Feiticeiro, o Feiticeiro encontrado por Dorothy no filme e no conto. É possível encontrar vários aspetos relacionados. É muito interessante.
O aspeto visual é maravilhoso. Só por isso vale a pena. Mas a história é bastante complexa e interessante. Basta estar a visualiza-lo com olhos de observar e pensar. O filme tem mais sumo do que à primeira vista pode parecer. Não é tão simples como pode parecer. Vale muito. Vejam e comentem! :)
"Sherlock Holmes e o Dr.
Watson recebem uma carta encriptada, remetida por um indivíduo cujo
pseudónimo é Fred Porlock, um informador que faz parte da rede criminosa
do Professor Moriarty, o maior inimigo de Holmes. Holmes apressa-se a
decifrar a carta e faz uma descoberta inquietante: a missiva serve para
avisá-lo que John Douglas, o senhor de Birlstone House, no Sussex, será
assassinado. E o mistério adensa-se quanto o inspetor MacDonald da
Scotland Yard aparece em casa de Holmes e vê a mensagem: é que de facto
John Douglas apareceu morto tal como previsto na carta. É então que os
três homens partem para o Sussex para investigar o crime. Com o rosto
desfeito a torná-lo irreconhecível, o cadáver tem, contudo, uma estranha
marca no braço: um círculo com um triângulo no interior. O que
significará esse símbolo? E que quererá dizer a estranha mensagem
deixada pelo assassino? Estará Moriarty por trás do crime?" in Goodreads
Opinião:
As histórias de Sherlock Holmes são daquelas que eu gosto muito.
Sempre
ouvi ouvi falar dele, sempre gostei. Aquando do lançamento do filme
Sherlock (2009), de Guy Ritchie, que decidi começar a ler os livros.
Desde aí já li alguns, já vi os dois filmes e as duas temporadas da
série da BBC. Ou seja, sou fã.
Não podia deixar de gostar deste
livro, pois claro está. As histórias são todas elas muito bem escritas,
argumentos sempre bons, boas reviravoltas e deduções fantásticas. A
descrição também está boa e tudo o que pode ser apontado e revisto numa
narrativa está bom. De leitura fácil e fácil compreensão, as histórias
de Arthur Conan Doyle satisfazem bastante bem o meu desejo de conhecer
mais sobre o famoso detective.
Ora bem, este livro em particular
conta uma só história, o que nem sempre acontece nos livros deste autor
pois muitas vezes são em contos. Pois bem, este não é. Divide-se em
três partes, sendo a primeira o conto policial onde Sherlock investiga, a
segunda a história da vida do individuo que é vitima e a terceira, o
epilogo, onde tudo é deslindado.
Gostei bastante do desenlace e
principalmente da parte dois do livro, onde as reviravoltas acontecem e
bastante. Todo o livro é uma reviravolta.
Fiquem a saber que é um excelente livro com uma
história muito boa! Quem é fã de Sherlock vai gostar de certeza, quem ainda não leu nada, aconselho a começar pelo "Um Estudo em Vermelho".
O ano passado vi este maravilhoso filme. Neste Domingo, ontem, passou no canal MOV. Ora, decidi fazer um post sobre esta fantástica obra da sétima arte.
O Labirinto do Fauno, de Guillermo del Toro, é um filme espanhol de 2006 que ganhou 3 oscars: Melhor Direção de Arte, Melhor Cinematografia, Melhor Maquilhagem.
Este filme conta a história de uma rapariga que supostamente é uma antiga princesa do submundo que se havia perdido há muito muito tempo atrás. A princesa, Moanna, que era filha do rei do submundo, certo dia decidiu sair do seu reino e explorar o mundo "atual". Porém, quando chegou à superficie, foi cegada pelos raios solares e a sua memória foi apagada. Foi assim que perdeu as forças e adoeceu, acabando por morrer. O seu pai, o rei, nunca deixou de a esperar e sempre acreditou que o seu espirito iria voltar para o submundo. Assim começa esta história fantástica.
A ação acontece em 1944, no pós-Guerra Civil Espanhola, no regime de Franco. Ofélia é uma menina, filha de um general morto e de uma mulher que espera um filho do Capitão Vidal, um hediondo capitão das tropas de Franco. As suas tropas lutam contra os rebeldes e para isso têm um pequeno quartel numa floresta. No percurso para o quartel, Ofélia descobre um estranho inseto que parece comunicar com ela. Logo acredita tratar-se de uma fada, uma vez que é grande fã de contos de fadas. E assim é. Essa fada, certa vez, leva-a a conhecer o Labirinto do Fauno, um estranho animal/ser que logo lhe mostra uma fantástica vida que ela poderá seguir, se lhe obedecer. O Fauno logo lhe conta a sua verdadeira identidade, dizendo-lhe que é a Princesa Moanna e que tem de voltar para o reino do submundo, pois é lá que o seu pai a espera.
E assim começa a aventura de Ofélia, que já é difícil sem ter o entrave do Capitão Vidal. Ofélia tem pela sua frente um temível adversário e só tem como refúgio a idealização do Fauno e do mundo que este acredita pertencer-lhe. Mas será que o que ele lhe pede é real?
Uma história de amor e resistência, em todos os sentidos, com uma maravilhosa mistura histórica de um período relativamente recente, contada por espanhóis, o que ainda torna a ação muito mais interessante e verídica. Uma vez que o filme é fantástico, tal combina muito bem e dá um aspeto diferente ao filme, um aspeto mais amplo e mais enigmático.
Este é um filme que está acompanhado por uma incrível banda sonora, repleta de magia que de certo que agrada a um grande leque de pessoas. Só a banda sonora sozinha já é linda, em conjunto com o filme, é única.