sábado, 26 de março de 2016

A Pedra das Lágrimas Parte 2, de Terry Goodkind

Sinopse:

Esta é a segunda regra dos feiticeiros:
O pior dos males pode surgir da melhor das intenções


Os caminhos de Richard e Kahlan separaram-se: forçado a submeter-se aos desejos da Madre Confessora, o portador da Espada da Verdade encaminha-se para o Palácio dos Profetas, em Tanimura, a fim de aprender a controlar o seu dom, antes que este o mate. Por outro lado, a última das Confessoras, enredada numa trama de mentiras piedosas cujo único objetivo é salvar a vida do homem que ama, dirige-se para a Fortaleza dos Feiticeiros, em Aydindril, onde espera encontrar Zedd e, juntos, ajudarem Richard a cumprir o seu destino.

Todavia, num mundo em que a magia é, simultaneamente, uma bênção e uma maldição, e em que qualquer um pode ser um agente do Guardião disfarçado, distinguir aliados de inimigos revela-se uma tarefa hercúlea. Através dos seus próprios erros, o seeker e a Madre Confessora vão descobrir, da forma mais dolorosa, que a maior das bondades e a melhor das intenções podem constituir um caminho insidioso para a destruição. 

Sabedoria, prudência e uma b
oa compreensão da primeira regra dos feiticeiros são as únicas armas de que dispõem: mas serão suficientes para reparar o véu e devolver a Pedra das Lágrimas ao reino dos mortos? (in Goodreads)


Opinião:

Depois de ter lido a primeira parte há umas semanas, foi com grande entusiasmo que peguei na segunda. E foi novamente maravilhoso. O livro não devia de estar dividido, mas se assim pode ser editado por cá, não me vou queixar, porque é mesmo bom. 

Não há muito para dizer uma vez que muito do que referi na opinião da primeira parte seria dito aqui, pois o livro é um todo e o enredo mantém-se ao mesmo nível, como seria de esperar. A divisão foi bem feita, uma vez que a primeira parte terminou na parte certa e mais misteriosa, que pegou muito bem na segunda parte. O enredo continua repleto de ação, emoção, mistério, magia e perigos. Notei, por causa da história em si, uma maior concentração por parte do autor nas personagens e na ação em si: a história não se dispersa tanto, não há tantos POV'S por assim dizer, o que facilita a congruência do enredo e personagens, que era algo necessário ao desfecho deste livro, pois só assim podia dar uma sensação de conclusão: reuniam de certas personagens, determinados acontecimentos (a ida de Richard para o Palácio dos Profetas, a ida de Kahlan até ao seu reino e o que lá acontece, o encontro do feiticeiro com a Madre Confessora e por aí...). 

Ou seja, a nível de enredo o livro, no seu todo, é fantástico. Mais uma vez volto a dizer que é uma excelente fantasia, com tudo o que deve ter e que cada vez se distingue mais (à medida que o enredo avança) de outras histórias de que de certo foi beber e que já referi noutras opiniões sobre estes livros. 

As personagens mantêm-se ao mesmo nível. Confesso que gostei de ver Richard e Kahlan em pontos opostos, para poder vê-los em ação separados. Richard é uma excelente personagem, cheia de personalidade e força. Kahlan ainda está melhor. Gostei muito de a ver lutar, de a encontrar mais autónoma e majestosa. É uma personagem feminina muito forte, que tem tudo para ser uma das minhas favoritas dentro do género. Em relação às outras personagens, gostei muito de das novas, principalmente a nível do Palácio dos Profetas, que foi uma das partes do enredo que mais me agarrou por causa do seu mistério e duplicidade. 

Gostei muito do rumo da história: é cada vez mais denso, mais misterioso e perigoso. As personagens mostram ter várias caras, existem muitos mistérios por desvendar, muitos enigmas e grande ação. É como se o leitor estivesse lá no centro de tudo, como se fosse uma personagem que vive a história. A escrita do autor faz com que isso seja possível, tal como o ritmo frenético em que é contada e os detalhes que são dados ao longo da narrativa. Também a nível do contexto, do universo em si, existe um grande avanço, uma vez que nesta parte é mostrado muito mais da História destes mundos. A existência do Mundo Velho e Mundo Novo, para além da Terra Ocidental, D'Hara e por aí, torna o contexto muito mais rico e consistente. Mostra que existe de facto todo um contexto criado de raiz, que é sempre algo muito importante e até fundamental neste tipo de literatura, uma vez que os mundos criados têm de ter uma História e um contexto credível, por mais fantásticos que sejam. O autor conseguiu-o fazer muito bem e isso vai sendo comprovado à medida que a narrativa avança. 

Em suma, o livro é excelente. Fazendo agora uma breve síntese do livro no seu todo (primeira e segunda parte) tenho a referir que esta história é excelente e tem tudo para agradar aos fãs deste género e até de outros géneros. Sei que há muitas opiniões menos boas sobre a história, mas eu gosto muito dela e vejo-lhe muito potencial. Espero mesmo que continue a ser editada por cá, porque é uma maravilha. Dentro do género fantástico está-se a revelar uma das minhas histórias favoritas. Recomendo a todos! 

NOTA (0 a 10): 10

2 comentários:

  1. Olá,

    Bem deixas-me dividido pois tenho lido muitos comentários contrários à tua opinião mas por outro lado conheço bem os teus gostos, logo tenho que tentar ler pois pelo que percebi vale bem a pena :)

    Bjs e parabéns por mais um excelente comentário :D

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá,

      compreendo que fiques na dúvida. Há mais comentários negativos, quer me parecer, mas gostos são gostos. Eu gosto muito destes livros e acho que cumprem bem o seu papel =)

      Experimenta ler um dia destes =D

      Obrigada pelas palavras, fico contente por achares assim, tanto do comentário como dos gostos =)

      Bjs e boas leituras

      Eliminar